Carlos Alberto Rabaça
Quando o mundo se torna violento, buscamos uma explicação em que a compreensão se expresse em atos e palavras. Mas como explicar a tortura, o assassinato, a censura, o imperialismo ou o terrorismo, ferramentas favoritas dos repressores que querem evitar qualquer opinião divergente?
Histórias recentes da América Latina, da Europa e do Oriente Médio comprovam tais fatos (...). O fanatismo defensor de uma verdade aceita como única não é patrimônio exclusivo das ditaduras. Hoje os fundamentalistas religiosos, misturados a frustações econômicas e sociais, são a expressão patológica de uma quebra de equilibrio do universo. Como então enfrentá-los?
Não há melhor antídoto contra a conduta intolerante que a liberdade, consequência da pluralidade, que consite em defender idéias próprias, mas aceitando que o outro possa ter razão. Precisamos reconhecer velhas verdades: a violência gera violência, o fanatismo é inimigo da razão, todas as vidas são preciosas, (...)
A solidariedade e a tolerância democrática, inexistentes no nosso tempo, implicam uma revolução em nossa mentalidade e na aceitação do que percebemos como diferentes, para se configurar uma sociedade multicultural. Esses são os desafios éticos que deveriamos enfrentar, sem a arrogância dos países desenvolvidos e sem a marginalização dos subdesenvolvidos.
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